Você passa por lugares terríveis tendo em vista o seu próprio universo que não para de girar
Você passa por cima da ponte e esquece que debaixo tem um homem capaz de viver lá
Com a atenção nitidamente desviada da verdade presente nas calçadas de qualquer lugar
Você segue o seu rumo com a forte habilidade de ignorar
Com a cabeça voltada pra um mundo encantado, o único que você consegue enxergar
Não é nada perfeito, mas dá pra encarar
Tem você, a senhora paranóia e a dúzia mais próxima
Numa solidariedade tão limitada quanto o seu próprio umbigo, sempre sujo,
Que está perto do sistema, mas não o toca, é inútil e não te importa
As pessoas tão urbanas não mantêm os pés no chão, por qualquer futilidade já demonstram inclinação
Chame, chame, chame a atenção... Ame, ame mais que a sua nação. Abra os olhos, faça algo de bom!
O homem foi à lua, mas tem dificuldade em cruzar a rua
Pra enxergar além do óbvio é preciso ter cuidado ao pisar
Em qualquer um, em qualquer ser ou em qualquer lugar
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