Estou presente no meu futuro
E não há como fugir do mesmo
Um turbilhão de pensamentos
Muitas escolhas em pouco tempo
O que imaginei a longo prazo
Já está acontecendo
De um modo mais complicado
Percebo que estou crescendo
É impossível não sentir medo
A ansiedade explode por dentro
A velocidade exigida no momento
É alta demais para o meu sustento
Belas Bagatelas
...o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim...
"Dois problemas se misturam: a verdade do universo e a prestação que vai vencer... Pare o mundo que eu quero descer!"
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Continuum (John Mayer Review)
Desde que eu o descobri, Continuum entrou para ficar na minha lista dos melhores álbuns de todos os tempos. Lançado em 2006, é com ele que John Mayer consegue expor de vez o seu grande talento artístico e musical.
Em suas composições, cada vez mais maduras, ele parece encontrar as palavras certas para descrever seus sentimentos, sem perder a sonoridade. É fácil se identificar com suas letras, elas abordam temas variados, falam da relatividade da vida, da fé, do amor, dos problemas do mundo e da nossa posição diante deles. Quanto ao som, Continuum se mostra bem mais complexo do que os seus álbuns anteriores, pois a simplicidade de sua música pop dá lugar a um blues de altíssima qualidade do início ao fim. É uma notável evolução, a qual pode ser percebida até pelo bom aproveitamento que ele faz de seus instrumentos.
A faixa de abertura, Waiting on the World to Change, é bem agradável, com um som dançante, harmônico, além de uma boa guitarra. Primeiro single oficial. Provavelmente, a faixa mais pop deste CD. A letra demonstra um sentimento de impotência no que tange à capacidade que os jovens têm de mudar o mundo, embora haja esperança que alguém se disponha a fazer isso.
O CD tem duas canções especialmente sedutoras, românticas e envolventes: I Don’t Trust Myself (With Loving You) e Slow Dancing In a Burning Room. Incrível como a voz e a guitarra de John Mayer se encaixam perfeitamente com o que as suas músicas querem passar.
Belief e Vultures são faixas muito bem trabalhadas, também harmônicas, daquelas que a gente se encanta desde a primeira vez que ouve. A primeira fala sobre convicções e o que elas realmente geram no contexto mundial. A segunda fala sobre as provações da vida e sobre a vontade de crescer, de se destacar, a meu ver, profissionalmente. Destaque para o arranjo dessas músicas, para as guitarras e para o envolvente blues.
Gravity e Stop This Train mostram a preocupação com o tempo, com o peso da idade. Na Gravity, segundo single do CD, ele sustenta que a gravidade quer botar ele para baixo, deixar ele de joelhos, dependente, talvez. A letra é curta, mas a mensagem é clara. O blues presente ajuda a deixar esta música ainda mais tocante. Já, Stop This Train, é gostosamente embalada por uma batida de violão que imita o som de um trem. O resultado é uma música belíssima, profunda, sobre a velocidade do trem da vida.
The Heart of Life merece um destaque especial porque é uma música toda linda, na qual a guitarra parece que fala, acompanha muito bem a voz, numa melodia suave e brilhante. A letra é bastante reflexiva e inspirada. Está entre as melhores músicas dele.
Em Continuum, Mayer arriscou gravar um cover de Jimi Hendrix, a música Bold As Love. E não é que os críticos gostaram? A voz dele pode não se adequar perfeitamente à música, mas uma coisa é inegável: Ele arrasou na guitarra.
Dreaming With a Broken Heart, terceiro single, é uma música bonitinha, com uma boa dose de melancolia. Como o título evidencia, fala sobre corações partidos e sobre a dificuldade de acordar, seguir em frente. In Repair também é uma música cheia de alma, capaz de capturar o estado de espírito de muita gente. A última música do CD, I’m Gonna Find Another You é aquela em que menos se presta atenção, a mais curta de todas, mas uma boa faixa de encerramento.
Enfim, este é um álbum maduro, completo, redondo, coerente do começo ao fim. Com ótimos arranjos e composições. John Mayer ainda tem muito chão pela frente, mas vai ser difícil superar o conjunto dessa obra. Nota 10 pro Continuum.
Em suas composições, cada vez mais maduras, ele parece encontrar as palavras certas para descrever seus sentimentos, sem perder a sonoridade. É fácil se identificar com suas letras, elas abordam temas variados, falam da relatividade da vida, da fé, do amor, dos problemas do mundo e da nossa posição diante deles. Quanto ao som, Continuum se mostra bem mais complexo do que os seus álbuns anteriores, pois a simplicidade de sua música pop dá lugar a um blues de altíssima qualidade do início ao fim. É uma notável evolução, a qual pode ser percebida até pelo bom aproveitamento que ele faz de seus instrumentos.
A faixa de abertura, Waiting on the World to Change, é bem agradável, com um som dançante, harmônico, além de uma boa guitarra. Primeiro single oficial. Provavelmente, a faixa mais pop deste CD. A letra demonstra um sentimento de impotência no que tange à capacidade que os jovens têm de mudar o mundo, embora haja esperança que alguém se disponha a fazer isso.
O CD tem duas canções especialmente sedutoras, românticas e envolventes: I Don’t Trust Myself (With Loving You) e Slow Dancing In a Burning Room. Incrível como a voz e a guitarra de John Mayer se encaixam perfeitamente com o que as suas músicas querem passar.
Belief e Vultures são faixas muito bem trabalhadas, também harmônicas, daquelas que a gente se encanta desde a primeira vez que ouve. A primeira fala sobre convicções e o que elas realmente geram no contexto mundial. A segunda fala sobre as provações da vida e sobre a vontade de crescer, de se destacar, a meu ver, profissionalmente. Destaque para o arranjo dessas músicas, para as guitarras e para o envolvente blues.
Gravity e Stop This Train mostram a preocupação com o tempo, com o peso da idade. Na Gravity, segundo single do CD, ele sustenta que a gravidade quer botar ele para baixo, deixar ele de joelhos, dependente, talvez. A letra é curta, mas a mensagem é clara. O blues presente ajuda a deixar esta música ainda mais tocante. Já, Stop This Train, é gostosamente embalada por uma batida de violão que imita o som de um trem. O resultado é uma música belíssima, profunda, sobre a velocidade do trem da vida.
The Heart of Life merece um destaque especial porque é uma música toda linda, na qual a guitarra parece que fala, acompanha muito bem a voz, numa melodia suave e brilhante. A letra é bastante reflexiva e inspirada. Está entre as melhores músicas dele.
Em Continuum, Mayer arriscou gravar um cover de Jimi Hendrix, a música Bold As Love. E não é que os críticos gostaram? A voz dele pode não se adequar perfeitamente à música, mas uma coisa é inegável: Ele arrasou na guitarra.
Dreaming With a Broken Heart, terceiro single, é uma música bonitinha, com uma boa dose de melancolia. Como o título evidencia, fala sobre corações partidos e sobre a dificuldade de acordar, seguir em frente. In Repair também é uma música cheia de alma, capaz de capturar o estado de espírito de muita gente. A última música do CD, I’m Gonna Find Another You é aquela em que menos se presta atenção, a mais curta de todas, mas uma boa faixa de encerramento.
Enfim, este é um álbum maduro, completo, redondo, coerente do começo ao fim. Com ótimos arranjos e composições. John Mayer ainda tem muito chão pela frente, mas vai ser difícil superar o conjunto dessa obra. Nota 10 pro Continuum.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Palavras Pela Madrugada
O que uma pessoa faz a essa hora acordada?
Qualquer poeta vai achar palavras pela madrugada
Os meus afazeres não terminam quando o sol se põe
Sei que no silêncio é mais fácil escrever canções
Porque eu posso viajar em pensamentos confundidos
E misturar os sonhos com o que tem me acontecido
Uma noite passa rápido mesmo em casa com insônia
O relógio é o que faz toda a angustia vir à tona
Depois mostro os sinais daquelas noites mal dormidas
Que recompensam quando acabam sendo produtivas
E o sono vem tranqüilo só pra apaziguar a mente
Uma hora ele domina e me deixa incoerente
Qualquer poeta vai achar palavras pela madrugada
Os meus afazeres não terminam quando o sol se põe
Sei que no silêncio é mais fácil escrever canções
Porque eu posso viajar em pensamentos confundidos
E misturar os sonhos com o que tem me acontecido
Uma noite passa rápido mesmo em casa com insônia
O relógio é o que faz toda a angustia vir à tona
Depois mostro os sinais daquelas noites mal dormidas
Que recompensam quando acabam sendo produtivas
E o sono vem tranqüilo só pra apaziguar a mente
Uma hora ele domina e me deixa incoerente
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Férias em Casa
Parece que estou vivendo em uma mansão vazia. Além da solidão, o problema é que sou apenas uma empregada e não tenho acesso a todas as alas. Os moradores sumiram. Todas as janelas estão fechadas. Silêncio total. Queria vê-los, cumprimentá-los, como costumava fazer antes deles desaparecerem. A sensação é estranha, embora eu siga trabalhando normalmente. Mas tudo bem, isso é temporário. Dentro de três meses, eles estarão de volta, faceiros e bronzeados. Onde eu vou estar? Onde eu vou estar no ano que vem?
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